Muitas pessoas afirmam que a dor de dente é uma das piores possíveis, mas a engenharia genética vai trazer muitas mudanças para a odontologia no futuro.
O principal problema dentário é a cárie, buracos que aparecem nos dentes, ocasionado por bactérias que se alimentam de restos de alimentos que permanecem aderidos.
Em muitos casos os buracos são tão profundos que ocorre a perda de uma grande parte do dente. Mas e se fosse possível conseguir a regeneração das estruturas?
Em breve é possível que isso se torne uma realidade, por meio do uso de substâncias que estimulam as células-tronco presente na polpa dos dentes para que a regeneração ocorra.
A engenharia genética vem sendo usada em pesquisas para o desenvolvimento de novas técnicas que possam ser usadas em odontologia.
Nesse artigo você conhecerá um pouco mais sobre a engenharia genética, entenderá que ela vai muito além de exames de DNA e descobrirá a forma como ela vem sendo usada na odontologia.
O que é a engenharia genética e como ela é aplicada na odontologia?
Basicamente a engenharia genética é um conjunto de técnicas realizadas por meio da manipulação dos genes, geralmente feita artificialmente em laboratório.
Dessa forma se torna possível isolar, transferir e duplicar genes objetivando a produção de organismos com características selecionadas e também para a produção de substâncias de grande utilidade para os indivíduos.
Os experimentos mais usados fazem a manipulação do DNA de diferentes seres vivos, incluindo animais e plantas, que são inseridos em seres como leveduras e bactérias, organismos que crescem com facilidade.
Assim vários produtos que antes eram obtidos apenas em quantidades pequenas, passaram a ser feitos em grandes quantidades usando a tecnologia do DNA recombinante.
Um dos primeiros usos da tecnologia do DNA recombinante na odontologia foi para o desenvolvimento da vacina da hepatite B.
Sobretudo após a década de 1990 houve uma intensificação na utilização da engenharia genética em pesquisas mais voltadas à odontologia.
Predominantemente elas são usadas como auxiliares no diagnóstico de algumas condições, modificação de microrganismos que provocam as cáries e uso de células tronco para a regeneração.
Atualmente a biologia molecular têm sido usadas largamente para o diagnóstico de condições que vão desde as cáries até câncer bucal e doença periodontal.
Além dessas doenças mais específicas, vem sido feitos diversos estudos sobre como a saliva pode ser usada para diagnosticar também doenças sistêmicas.
Há também marcadores genéticos eficientes para a detecção de neoplasias que surjam no complexo maxilofacial.
A doença periodontal
Existem mais do que 300 espécies diferentes de bactérias que provocam a doença periodontal.
Sendo assim muitas técnicas da biologia molecular vêm sendo usadas para a detecção das variações tanto genotípicas quanto fenotípicas desses microrganismos que existem atualmente.
E é justamente nessa detecção que entram as técnicas de engenharia genética, que permite que a identificação ocorra em estágios iniciais, por meio de testes sensíveis como o PCR.
Uma outra aplicação da engenharia genética na odontologia produz cepas de Streptococcus mutans geneticamente modificadas, com o objetivo de prevenir as cáries.
Por meio da alteração do material genético do organismo é possível reduzir a incidência das cáries que são em sua maioria ocasionadas por essa bactéria.
Isso é possível porque a nova cepa, a BCS3-L1, não produz o ácido lático que corrói o esmalte dos dentes.
De forma massiva a cepa se torna predominante no ambiente bucal, impedindo a proliferação das outras cepas que são capazes de produzir o ácido lático normalmente.
Sendo assim nesse caso a tecnologia do DNA recombinante é usada com êxito para impedir a expressão da proteína responsável pela produção do ácido lático, contribuindo de forma positiva com os avanços na odontologia.
Os maiores avanços da Engenharia Genética aplicada à Odontologia
Nos últimos anos a engenharia genética tem sido muito usada na ciência e os avanços ocorridos alcançaram resultados incríveis, como a geração de órgãos inteiros usando-se células tronco.
Nesse sentido os dentes tem ganhado uma posição de destaque nas pesquisas que visam a regeneração das suas estruturas e até mesmo a criação de dentes inteiros para substituir os que foram danificados.
Recentemente foram descobertas células tronco presentes nos dentes, que possuem grande capacidade de diferenciação e, por isso tem grande potencial para serem usadas para esse fim.
Essas células tronco podem se diferenciar em substâncias envolvidas na produção da dentina. Isso despertou o interesse de cientistas que enxergaram a possibilidade de criar dentes inteiros no futuro.
Com essa tecnologia após o crescimento das culturas celulares da maneira desejada, a estrutura pode ser implantada no local desejado.
A partir de então o órgão dentário seria capaz de se desenvolver da mesma forma como ocorre naturalmente.
Diante desse cenário de avanços na odontologia proporcionados pela engenharia genética, estão sendo obtidos cada vez mais resultados positivos.
No entanto ainda é necessário avançar muito em vários aspectos dessa pesquisa para que esse tipo de tecnologia possa ser aplicado em larga escala com a máxima segurança e menor custo quanto for possível.
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